segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

CÁ POR CASA...

É injusto quando a nossa mulher nos acusa de escolher os amigos do facebook de acordo com os nossos gostos e preferências pessoais, um pouco ao estilo de quem escolhe os jurados no tribunal, para que todos concordem comigo. Faz-nos parecer, senão machistas, manipuladores e eu não posso de forma alguma concordar com uma insinuação dessas. Será que ainda está chateada por lhe ter pedido o curriculum no nosso primeiro encontro?

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

2018 A NU - ORAL SEX FOR DUMMIES


2018 foi ano de Yoweri Museveni, para quem não sabe, Presidente do Uganda. Um cromo de fato e gravata, protegido pelo escudo protector da impunidade política, mais um dos moralistas de um ano envolto numa caça às bruxas polémica e sem precedentes. Ora este senhor, homofóbico e que já criminalizou a homossexualidade no seu País, disse: "Deixem-me aproveitar esta oportunidade para lançar um aviso sobre as práticas erradas em que algumas pessoas participam e que são promovidas por alguns estrangeiros, uma delas é o que chamam sexo oral. A boca é para comer, não para fazer sexo. Nós sabemos qual é a 'morada' do sexo, sabemos onde é que deve ir. Parece que também aqui há a desculpa elementar de que "a culpa é sempre dos outros", neste caso dos fornicadores estrangeiros e das suas práticas depravadas. Nada de anormal, de quem já em 2014 havia dito que a prática do sexo oral causava lombrigas e outros parasitas. 
#porquenotecallas, #2018anu

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

MUSA DA SEMANA

Que o surf nos oferece fotografias de uma beleza indescritível já sabíamos, mas Julia Muniz Brandão, modelo e surfista brasileira de 20 anos consegue o mesmo efeito mesmo fora de água, algo que nem Garrett McNamara e as ondas gigantes da Nazaré conseguem. 





quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

MUSA DA SEMANA

Renascida das cinzas qual Fénix, Bruna Lombardi não precisa de subterfúgios polémicos como apoiar Bolsonaro para ter mediatismo. O protagonismo assenta-lhe como uma luva, uma segunda pele quase tão bonita como a original. Mulher, actriz, poetisa, lutadora, modelo, escritora e mãe, ressurge em toda a sua plenitude dos 66 anos - 27 anos depois de ter posado nua para a Playboy - a provar que a beleza não tem idade.

aqui em 1991

2018 aos 66 anos




terça-feira, 27 de março de 2018

MAIS UM DIA NO MANICÓMIO - PELA MORAL E BONS COSTUMES

A luta das mulheres pela igualdade de direitos não se esgotou  na conquista do direito de voto, mas a verdade é que por mais anos que tenham passado desde o início dessas batalhas a vitória está ainda longe de ser uma realidade. Jennifer Lopez foi a última voz a juntar-se ao rol das alegadas vítimas de assédio sexual - na minha opinião demasiado tarde, mas uma decisão certamente bem ponderada na balança das vantagens e desvantagens. Essa estranha mania dos homens em querer ver os seios das mulheres... Os senhores do Facebook são neste domínio de uma moral irrepreensível como a aldeia do Astérix, o último foco de resistência contra a depravação e a promiscuidade.


Enquanto os movimentos feministas lutam contra a exploração da imagem mediática da mulher como mero objecto sexual, um corpo de formas perfeitas, um chamariz visual, um engodo publicitário, Jessica Athaíde, a prova de que a beleza e a irreverência não têm fronteiras ou nacionalidade insiste, apesar das críticas, em mostrar que o estrelato não lhe subiu à cabeça. Talvez lhe tenha descido um pouco mais abaixo e não fossem as estrelas decerto que o universo masculino sairia com veemência em sua defesa.


Sendo assim... uma questão de gostos e até Julia Palha, actriz da novela A Herdeira já percebeu que não se pode agradar a gregos e troianos. Gostos e tamanhos, ou não fossem alguns dos seus mais fortes predicados - também aqui uma questão de seios - considerados por alguns dos seus críticos demasiado grandes. WTF? Será que as pessoas não têm mais nada com que se preocuparem? Dir-lhes-ía o meu avô para irem para casa cozer meias. Digo eu :"make love, not war! Get a life".





Carlos Drummond, escritor brasileiro, dizia que os homens se distinguem pelo que fazem e as mulheres pelo que levam os homens a fazer. Nada mais certo, de acordo com o ministro da Ética e da Integridade de Uganda, Nsaba Buturo que disse na semana passada querer proibir o uso de mini-saias no país, porque - segundo ele - as mulheres que as usam distraem os condutores e como tal são elas as provocadoras dos acidentes de trânsito. Acrescentou o distinto senhor que "usar mini-saia é como andar nu pela rua" e isso "pode causar um acidente porque algumas pessoas daqui são psicologicamente fracas". Não lhes chamaria isso mas daqui donde vos escrevo e para terminar pergunto-me com alguma dose de insuspeitável inocência sobre qual será a percentagem de acidentes de viação causados pelo uso de kilts na Escócia? Como diria o saudoso Peça: E esta, hein?!


#olado bdavida2

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

MAIS UM DIA NO MANICÓMIO - 4ª PARTE

fotografia de Angelo Carconi
  O Papa regressou nestes dias de uma viagem ao Chile, onde foi fortemente confrontado por causa duns padres chilenos que foram aos putos, algo incompreensível por estes lados, mais conhecidos pelas putas e vinho verde. Afinal tratou-se apenas de mais um de muitos episódios de pedófilia por parte do clérigo. Pessoalmente sinto-me mais descansado e embutido de uma fé católica incomensurável quando são pessoas como estas que me vêm pregar lições de moral. "Não peques, não cobices a mulher do próximo", blá blá blá whiskas saquetas. . São os famosos Direitos das Crianças na sua máxima expressão, direitos que só existem no papel e que são constantemente violados por pessoas tidas por exemplares e merecedoras da nossa confiança, como vemos com o escândalo das adopções na IURD e de tantos outros casos para os quais qualquer punição por mim imaginado seria sempre curto. Esta é a vida real, um dia normal no dia a dia deste manicómio em que vivemos, não as não-histórias dos pseudo-intelectuais que comentam sobre qualquer Super Nanny ou se inflamam com uma boa palmada no rabo ou um castigo aos meninos mal comportados ou que fazem birras. Somos loucos vivendo num mundo de cépticos ou cépticos num mundo de loucos? A verdade é que por vezes- não raras vezes - dou comigo a pensar que nos falta uma dose de loucura para nos adaptarmos a um mundo irremediavelmente insano. É que se essa mesma dose de sadia loucura é altamente recomendável, a sua prescrição em excesso tem os mesmos efeitos nocívos do excesso de liberdade. Quando nos damos conta é tarde demais e qualquer tentativa para o remediar resulta tanto como bater com a cabeça na parede. Lá diz o velho e sábio ditado: Quando não os podes vencer...
#oladobdavida2 #papa #iurd

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

A VOZ DAS PALAVRAS - O PECADO DA BELA ADORMECIDA

E quando julgamos que nada mais nos pode surpreender, eis que num milésimo de segundo algumas pessoas se encarregam de virar a vida do avesso e provar que nada pode ser tomado por garantido e que para tudo - mas mesmo tudo - o que pensamos ser objectivo e simples, cristalino como água pode tornar-se turvo e complexo aos olhos e aos pontos de vista de diferentes pessoas. Quão longe estamos da idade da pura inocência como é cantada pelos Pólo Norte ou do País das Maravilhas de Lewis Carroll com o qual Sócrates se identificava? Este mês, Sarah Hall, até aí uma anónima mãe inglesa resolveu pedir que o livro "A Bela Adormecida" fosse banido do currículo escolar por transmitir uma mensagem sexual inapropriada para crianças tão novas. Em causa a cena em que o príncipe encontra a jovem princesa num sono profundo e a beija, despertando-a do feitiço da bruxa má, e tudo porque é um mau exemplo para os jovens que um desconhecido se abeire de uma mulher e sem o consentimento dela lhe dê um beijo. WTF?! Quando foi que começámos a desconfiar de tudo e de todos, a ver o mal em todo o lado? É preciso separar as águas, reaprender a discernir o certo do errado antes que seja tarde demais. Deixem-se de falsos moralismos tão ao jeito das velhas beatas, desta caça às bruxas e de todos que nos querem impingir que o sexo é o maior dos pecados e para quem qualquer gesto ou comentário mais ou menos inocente - não indecente - é visto como assédio. Kevin Spacey, cuja carreira, tida como sólida, ameaça ruir como um frágil castelo de cartas, acusado e queimado na fogueira de uma volátil opinião pública como uma nova Joana D'Arc não é um tarado, não é um monstro do qual devemos manter as crianças afastadas. Errou? Que atire a primeira pedra quem nunca pecou. Porque deixaria de ver os seus filmes? É a mesma coisa de deixar de ouvir o George Michael ou o Freddie Mercury por gostarem de homens ou ignorar a marca de Carlos Cruz na televisão em Portugal. Afinal quem tem medo do Lobo Mau? Quantos filmes, obras de arte do cinema teriam ficado na gaveta se cada caso de assédio fosse o fim da carreira de um actor, realizador, produtor? Quantas jovens aspirantes a estrelas teriam permanecido no segredo dos deuses se não tivessem cedido a essas promessas com segundas intenções, mais que assédio tácitos contratos, que só agora, no auge da fama ou no final de fulgurantes carreiras se vêem expostos, como justiceiras de uma moralidade irrepreensível e intocável, sedentas pelo sangue de quem as lançou? Não me entendam mal que não é minha intenção defender quem usa ou se aproveita desses estratagemas, mas que quando aceites não são mais que um negócio, um acordo em que duas partes concordam uma com a outra e todos ficam a ganhar. É assim desde o princípio dos tempos, não vamos enfiar a cabeça na areia e fingir que não sabiamos de nada. Do cinema à música, da moda às grandes e médias empresas, mesmo naquelas mais pequenas, na mercearia da esquina, em todo o lugar onde exista algo a ganhar. O malandro do Johnny Deep bateu na mulher, Dustin Hoffman assediou por um piropo, que agora também é crime, os sacanas dos pais natais são todos pedófilos e por isso nunca mais vamos sentar os nossos filhos nos seus colos. Censure-se a Branca de Neve que porventura poderá até ter sido um dia branca e pura, antes de se tornar adúltera e partilhar o lar com sete estranhos e ainda andar aos beijos com o príncipe. Mas que mundo é este em que vivemos? Será que o Peter Pan é que tinha razão em não querer deixar de ser criança, se ser adulto é isto? Cara Sarah Hall, deixe-me dizer-lhe que a única incongruência no beijo à Bela Adormecida aos olhos dos nossos tempos não é o abuso de quem lhe deu um beijo sem pedir consentimento, mas da inocência de quem vendo uma linda mulher adormecida não lhe roubou mais do que apenas um beijo. Se calhar nem todos os homens são perversos, nem toda a carne é fraca e se lhes dermos uma oportunidade até há por aí alguns sapos que são príncipes.  A vida não é pura e sempre bonita e inocente como um conto de fadas nem tão feia como quer fazer crer. Homens e mulheres são imperfeitos desde o início dos tempos, gostam de amar sem tabus, sem pudor, gostam essencialmente do que não têm e por vezes não olham a meios para o conseguir; gostamos do risco, da adrenalina desde que Hefesto e Atena criaram Pandora. O mundo real, o mundo dos Homens é imperfeito e dificilmente deixará algum dia de o ser. Será que o desejamos? Somos todos pecadores, uns mais inocentes do que outros, mas não é por um piropo, por um beijo roubado que o mundo vai acabar. O verdadeiro pecado é passar pela vida sem lhe tomar o gosto, querer sobreviver-lhe no falso conforto de uma concha impenetrável, querer ser sempre justo e puro, desperdiçando o tempo a olhar para o lado e a criticar, apesar de todos os nossos telhados de vidro, vivendo tolhidos pelo medo, numa vida fingida com medo de nos magoarmos, de ousarmos ser mais que uma peça na engrenagem, com medo de errarmos, de sermos tão somente aquilo que queremos... felizes.
#oladobdavida2